Cantares 8: 6 e 7
15/08/2014
A PLENITUDE DO AMOR
Introdução
Põe-me como selo sobre o teu
coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e
duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes
labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo;
ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo
desprezado.
Durante muito tempo, a igreja
perdeu a riqueza do livro Cantares. Nós temos no livro de Cantares uma linda
história de amor. Todo o movimento do livro se dá entre declarações de amor
entre a Sulamita e o Pastor de Ovelhas a quem ama. Das quais esta é a mais
expressiva.
Encontramos, aqui, a expressão
plena desse amor que se revela:
1. No desejo de pertencer ao
outro.
Selar o coração é colocar uma
marca impagável, é colocar um sinal naquele lugar que é a sede das emoções, dos
sentimentos mais profundos. Selar é colocar uma marca de propriedade.
2. No desejo de comunicar a todos
O amor é como girassol, ele está
sempre em busca da luz. O amor é planta que só medra, à luz. O selo sobre o
braço, era uma sinal de pertencer, mas também de comunicação. Para que todos
soubessem que ela já não era mais de si mesma, mas, pertencia a ele; que ele já
não era mais de si mesmo, pertencia a ela.
3. Na vitória
Mas o amor tem o seus inimigos,
porém, onde o amor está presente, o mesmo está derrotado. Porque o amor vence
todas as coisas.
a) O amor vence inimigo natural
do ser humano: a morte. A morte leva ao fim do casamento, não do amor. O ser
amado parte, mas o amor permanece. As marcas dos momentos felizes, as
lembranças dos momentos em que choraram juntos, nos momentos em que juntos
sorriram, nas conquistas em que os obstáculos foram superados, das lutas e
fracassos, daquelas memórias construídas pelos dois, cúmplices na construção de
uma história que embora o mundo não conheça, é para eles cheia de amores e
significados.
b) Sobre o inimigo espiritual do
ser humano. O inimigo do amor, procura destruí-lo, lançando a semente da
desconfiança, foi assim ainda no Éden, pois o seu objetivo é lançar a dúvida, é
inquietar o coração, é deixar inseguro. Mas, o verdadeiro amor não arde em
ciúmes.
c) Sobre as circunstâncias da
vida: As muitas águas e os rios são símbolos das tempestades e vendavais da
vida.
O amor verdadeiro, supera as
adversidades, ele é consolo na dor, enxugar as lágrimas, anima nos fracassos, é
bálsamo na angústia. O amor não é cego às fraquezas, mas é sensível às
debilidades. Caminha junto, sustenta, apóia, vence.
d) Sobre as tentação do ser
humano: a riqueza.
O amor, não tem preço. Não se
compra nem se vende, se conquista. É construído de pequenas coisas, de pequenos
gestos, de palavras.
4. Na sua fonte
O próprio Deus. O amor não é uma
invenção humana é a própria essência de Deus. Quando mais amamos, mais
parecidos com Deus nos tornamos.
Ir. Henrique
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