20 de fev. de 2024

 20/02/24

O clamor de Habacuque : que o Senhor faça a sua obra no meio da história sem adiá-la para um futuro indeterminado !


O profeta Habacuque foi contemporâneo do profeta Jeremias e viveu em uma época de crescente decadência moral e espiritual no reino do sul (Judá). O profeta sabia que o juízo de Deus se aproximava e viria por meio da invasão babilônica que ocorreu em 586 antes de Cristo. O Profeta não se conformava com a iniquidade do seu povo nem com o avanço de Nabucodonosor. Contextualizando este clamor, pois vivemos tempos semelhantes em nossos dias, então, inconformados com a situação, questionamos dizendo : será que Deus não está atento a todo o estado de calamidade de violência, corrupção , engano, imoralidade, e tantas outras, que vivemos hoje?

A mensagem de Habacuque nos lembra do livro de Jó, pois trata de um problema parecido: como explicar o sofrimento dos justos? No caso de Habacuque, o profeta começa com a injustiça e violência dominante na sua própria nação. Ele clama a Deus pedindo justiça para proteger as vítimas inocentes: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostra a iniquidade e me faz ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e os litígios se suscitam. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida” (Habacuque 1:2-4). Veja o que acontece hoje no mundo, e aqui em nosso Brasil. Entendemos por isso, que Deus tem entregado a humanidade as suas próprias corrupções, seus próprios desejos, deixando de castigar, a isso chamamos de juízo de Deus. Não tem momentos que você diz ou sente que o mal está vencendo? Isto já é o juízo de Deus...Leia o Salmo 81 vers. 11,12...com o povo de Israel Deus repreende e diz: Mas o meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não me quis, pelo que eu os entreguei à obstinação dos seus corações para que andassem segundo os seus próprios conselhos. Oxalá me escutasse o meu povo! Oxalá o Brasil andasse nos Seus caminhos !

Mas a resposta de Deus assustou o profeta! Deus disse, basicamente, “Você tem razão. Vejo estas injustiças e já estou trazendo os babilônios para castigar este povo rebelde”. Não foi esta a resposta que Habacuque esperava, pois ainda considerava seu povo de Judá menos ruim que a Babilônia! Habacuque fez uma segunda série de perguntas ao Senhor, questionando como poderia usar uma nação tão má como a Babilônia para julgar seu povo. Disse que Deus estaria se calando e deixando o perverso devorar “aquele que é mais justo do que ele” (Habacuque 1:13).

Na resposta divina, o Senhor frisou dois fatos importantes de contraste entre atitudes de pessoas: (1) “o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2:4), um princípio relatado várias vezes no Novo Testamento; e (2) “tampouco permanece o arrogante” (Habacuque 2:5). Nesta resposta, Deus que é justo, cita a soberba da Babilônia, que confiava nos seus ídolos e no seu poder militar, dizendo que traria a justiça contra aquela nação.

O clamor de Habacuque é bem definido e ao mesmo tempo preciso quanto ao seu pedido e também quanto à ocasião para a qual pede “Que o Senhor realize sua ação e a faça perceber no meio da história, sem adiá-la para um futuro indeterminado”.  Apesar de adotar a edição Revista e Atualizada , achei interessante citar aqui neste contexto a Tradução na Linguagem de Hoje que diz: “Faze agora, em nosso tempo, as coisas maravilhosas que fizeste no passado, para que nós também as vejamos”.

Mais um fato fundamental é frisado no final do capítulo 2: Deus está no controle! “O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2:20). Habacuque aprendeu esta lição importante, e se calou esperando a justiça divina. Sua inquietação e angústia foram substituídas pela confiança e fé: “O Senhor Deus é a minha fortaleza” (Habacuque 3:19). Que possamos sempre achar o mesmo conforto na confiança em Deus!

 Que Deus te abençoe e te guarde. No amor de Cristo Jesus,  

Visite www: otempododeuseterno.blogspot.com.br  

Ir. Henrique